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“Ó Jerusalém, Jerusalém!”

ISTOCK.COM/JOHN THEODOR

“Ó Jerusalém, Jerusalém!”

Jerusalém em Profecía: Capítulo 1

Jerusalém significa “cidade de paz”, porém a história desta cidade tem estado repleta de rios de sangue! Nenhuma cidade tem sofrido como Jerusalém. Ela quase nunca conheceu a paz. Mas há muito boas novas. Deus estabeleceu Jerusalém para ser uma cidade de paz—e se assegurará que um dia assim será! Ela é na realidade a cidade desde a qual a Família de Deus governará o universo inteiro!

Jerusalém é um barril de pólvora, carregado com um potencial nuclear! Nenhuma cidade na Terra é tão fértil em tensões internacionais como Jerusalém!

Não só este antigo lugar tem um papel central nas crenças de três religiões principais—o Judaísmo, o Islão e o Cristianismo—mas ela é também um poderoso símbolo nacionalista tanto para os Árabes como para os Judeus.

Hoje os Israelitas e os Palestinianos estão num impasse sangrento sobre quem controlará Jerusalém. Eles têm tentado durante anos, resolver as suas numerosas divergências por intermédio de negociações e de compromissos. Mas as suas discussões sempre falham quanto a Jerusalém!

Este é um problema impossível que não tem nenhuma solução aceitável para todas as partes. Como um analista se expressou: ”Uma paz entre Árabes e Judeus que não resolve a questão de Jerusalém, não será paz. Com efeito, uma paz que enfraquece os Judeus colocando a Cisjordânia, Gazae os Altos de Golã sob controle Árabe, mas deixando Jerusalém numa disputa sem solução, vai fazer com que a guerra seja mais provável…. A suposição dos diplomatas que tudo pode ser resolvido pela negociação, subestima as emoções implicadas. Jerusalém não é negociável (Islamic Affairs, 1 de Junho de 1993). Isso significa que não existe nenhuma solução pacífica.

Hoje a situação está muito má em Jerusalém, mas a sua Bíblia diz que ficará muito pior antes de melhorar.

Cristo chorou por Jerusalém

Durante o Seu ministério terrestre Jesus Cristo demonstrou os Seus sentimentos profundos por Jerusalém.

Aos líderes religiosos Judeus que governavam a cidade, Cristo disse: “Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! porque dais o dízimo da hortelã, do endro e do cominho, e tendes omitido o que há de mais importante na lei, a saber, a justiça, a misericórdia e a fé; estas coisas, porém, devíeis fazer, sem omitir aquelas…. Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! Porque edificais os sepulcros dos profetas e adornais os monumentos dos justos e dizeis: Se tivéssemos vivido nos dias de nossos pais, não teríamos sido cúmplices no derramar do sangue dos profetas” (Mat. 23:23,29-30). Estas eram pessoas religiosas que se glorificavam dizendo que não teriam derramado o sangue dos profetas de Deus, como fizeram os seus pais. Porém eles contribuíram para derramar um sangue bem mais precioso—o de Jesus Cristo!

Esta não é somente uma mensagem para os Judeus. É uma mensagem para todas as pessoas—especialmente pessoas religiosas! “Enchei vós, pois, a medida de vossos pais. Serpentes, raça de víboras! Como escapareis da condenação do inferno?” (vers. 31-33).

Os profetas que eles não mataram, eles os lançaram para fora da cidade. Cristo chamou a estes corruptos líderes religiosos, serpentes e víboras! Então Cristo fez algumas profecias terríveis: “Em verdade vos digo que todas essas coisas hão de vir sobre esta geração. Ó Jerusalém, Jerusalém, que matas os profetas, apedrejas os que a ti são enviados! Quantas vezes quis eu ajuntar os teus filhos, como a galinha ajunta os seus pintos debaixo das asas e não o quiseste!” (vers. 36-37). “Ó Jerusalém, Jerusalém,” que mata e apedreja os seus profetas! Através dos tempos Cristo quis juntar Jerusalém (e toda a humanidade) como uma galinha junta os seus pequenos pintainhos, mas eles recusaram. Eles não querem a Deus na sua religião—ou nas suas vidas! Tanto é verdade em relação às pessoas religiosas, como às não religiosas através da história do homem.

E que preço Jerusalém (e toda a humanidade) tem pago! Cristo pronunciou a palavra ai oito vezes neste capítulo. Nós veremos que a história de Jerusalém tem estado repleta de maldição? Ai, ai, ai e o pior ainda está por vir! Da mesma forma igualmente o melhor, o qual é maior do que aquilo que nós podemos imaginar.

“Eis que a vossa casa vos ficará deserta” (vers. 38). Realmente tudo o que nós temos de fazer é olhar para Jerusalém, passada e presente, com a sua história de carnificina e de desolação, para entender que as coisas jamais melhorarão até à intervenção de Jesus Cristo glorificado. Rios de sangue têm inundado esta cidade!

O sofrimento que tem acontecido em Jerusalém é um símbolo daquilo que vai acontecer a toda humanidade antes da Segunda Vinda de Cristo. Cristo quer que toda a humanidade aprenda uma lição com o que aconteceu a Jerusalém. Até agora, essa lição não foi aprendida. Esta cidade, tão repleta de maldição e desolação, em breve aprenderá uma grande lição de Deus—por causa de uma desgraça e de uma desolação ainda bem mais intensas que estão por vir.

Israel deveria antes de tudo, inspirar-se em buscar a Deus por causa da história de Jerusalém. Os Judeus querem ser religiosos, mas à sua maneira, não à maneira de Deus. Quantas vezes Deus chamou a Israel, mas ela continua a rebelar-se. Eles se recusam a ser um exemplo para o mundo. Agora a humanidade chegou ao ponto em que cada ser humano está prestes a ser destruído, a menos que Cristo intervenha. “Porque nesse tempo haverá então uma tribulação tão grande, como nunca houve desde o princípio do mundo até agora, nem jamais haverá” (Mat. 24:21).

A profecia do Monte das Oliveiras em Mateus 24, que prediz uma destruição cataclísmica global, segue-se à condenação de Jerusalém por Cristo, no capítulo 23. Nós agora fazemos face à extinção da humanidade, porque Jerusalém e Israel (bem como o mundo) rejeitaram a Cristo!

Pai e Filho

O que há de tão especial com respeito a Jerusalém? Por que é ela tão importante para Deus?

A história emocionante e a profecia sobre Jerusalém começa em Génesis. “Sucedeu, depois destas coisas, que Deus provou a Abraão, dizendo-lhe: Abraão! E este respondeu: Eis-me aqui. Prosseguiu Deus: Toma agora o teu filho; o teu único filho, Isaque, a quem amas; vai à terra de Moriá e oferece-o aí em holocausto sobre um dos montes que te hei de mostrar” (Gén. 22:1-2). A terra de Moriá sempre tem sido associada com Jerusalém. Foi aí onde Abraão esteve quase a sacrificar o seu filho.

“E, estendendo a mão, pegou no cutelo para imolar a seu filho” (vers. 10). Mas Deus o impediu. “Mas o anjo do Senhor lhe bradou desde o céu e disse: Abraão, Abraão! Ele respondeu: Eis-me aqui. Então disse o anjo: Não estendas a mão sobre o mancebo e não lhe faças nada; porquanto agora sei que temes a Deus, visto que não me negaste teu filho, o teu único filho” (vers. 11-12). Na mente do seu pai, era como se Isaque já estivesse morto.

Abraão e Isaque eram um símbolo de Deus Pai e de Jesus Cristo. Essa é uma das maiores razões pela qual este incidente aconteceu na região de Jerusalém. Mais tarde, Deus Pai sacrificou em Jerusalém o Seu único filho concebido. O verdadeiro Filho de Deus foi sacrificado em Jerusalém. Como é rica e inspiradora a história de Jerusalém!

Mas, tal como veremos mais tarde, a parte mais rica desta história ainda se irá cumprir.

Deus Escolheu Jerusalém

Reparem nesta notável declaração que Deus fez : “Todavia não rasgarei o reino todo; mas uma tribo darei a teu filho, por amor de meu servo Davi, e por amor de Jerusalém, que Eu escolhi” (1 Reis 11:13). O próprio Deus escolheu Jerusalém! Ele não escolheu Paris ou Londres ou Nova Iorque—ele escolheu Jerusalém.

Imaginem! Estafoi a cidade que Deus escolheu! Ela está destinada a deslumbrar o mundo com um brilho divino! Em breve o mundo inteiro estará olhando para esta cidade em busca de liderança. Deus está agora chamando ao Israel espiritual, a Sua Igreja, que terá então a sua sede em Jerusalém e governará o mundo. Ele vos está oferecendo a maior responsabilidade jamais dada a qualquer homem.

Existe uma forte evidência que foi Melquisedeque quem fundou Jerusalém. “Ora, Melquisedeque, rei de Salém, fez trazer pão e vinho; ele era sacerdote do Deus Altíssimo” (Gén. 14:18). Melquisedeque era rei de Salém, que provavelmente se tornou conhecida como “Jeru-salém”. “Porque este Melquisedeque, rei de Salém, sacerdote do Deus Altíssimo, que saiu ao encontro de Abraão quando este regressava da matança dos reis e o abençoou, a quem também Abraão separou o dízimo de tudo (sendo primeiramente, por interpretação do seu nome, rei de justiça e depois também rei de Salém, que é rei de paz.” (Heb. 7:1-2).

Salém significa “paz.” Jerusalém significa “cidade de paz.” Se você compreender a história de Jerusalém, isso poderia parecer uma brincadeira de mau gosto! A história desta cidade tem estado repleta de rios de sangue. Nenhuma outra cidade nesta Terra jamais conheceu tal derramamento de sangue! Nenhuma cidade tem sofrido como Jerusalém. Ela pràticamente nunca conheceu a paz! Isso é porque o homem tem governado Jerusalém colocando Deus de lado.

Esta cidade transbordando de sangue ainda se converterá numa cidade de paz!

Nenhuma outra cidade teve um início tão incrível. Ela foi escolhida por Deus e sem dúvida fundada por Melquisedeque—o grande Ser que se converteu em Jesus Cristo (Heb. 7:3). Quem poderia ser sem pai, sem mãe e sem ter nem início nem final de vida? Este apenas poderia ser o Deus que se converteu em Jesus Cristo. Somente Deus pode ser descrito desta maneira. E nenhum homem jamais viu a Deus Pai.

Deus escolheu Jerusalém desde o princípio. Deus fundou esta cidade em paz. Ela foi fundada para ser eternamente uma cidade de paz! Vocês podem ter certeza que Deus cumprirá o Seu Plano. Se você compreender a meta de Deus, você saberá que o significado do nome da cidade contém uma profecia do seu magnÍfico futuro!

Deus virou as costas a Jerusalém por causa do povo pecador. Todavia este problema será corrigido num futuro próximo.

Nos tempos de Josué, Jerusalém era chamada de Jebus (Josué 18:28, Juízes 19:10). Os Jebuseus viviam aí. Eles eram Cananeus, descendentes de Cão através de Canaã. Deus tinha prometido afastar os Jebuseus se os Israelitas quisessem ser Seus soldados (Ex. 33:1-3; 34:11-15).

Davi foi o único que finalmente, conquistou Jerusalém aos Jebuseus (2 Sam. 5:1-6). Esta cidade era fortificada de tal maneira que parecia que até os cegos e aleijados a poderiam defender. Mas Davi teve confiança em Deus e triunfou.

“Todavia Davi tomou a fortaleza de Sião; esta é a cidade de Davi. Ora, Davi disse naquele dia: Todo o que ferir os Jebuseus, suba ao canal e fira a esses coxos e cegos, a quem a alma de Davi aborrece. Por isso se diz: Nem cego nem, coxo entrará na casa. Assim habitou Davi na fortaleza e chamou-a cidade de Davi; e foi levantando edifícios em redor, desde Milo para dentro. Davi se ia engrandecendo cada vez mais, porque o Senhor Deus dos exércitos era com ele” (2 Sam 5:7-10). Jerusalém era chamada a “cidade de Davi.” Mas isso iria mudar em breve.

Deus rejeita Jerusalém

Judá se afastou de Deus. Jeremias foi enviado a Jerusalém para os avisar. “Assim me disse o Senhor: Vai e põe-te na porta de Benjamim, pela qual entram os reis de Judá e pela qual saem, como também em todas as portas de Jerusalém.” (Jer. 17:19). Foi dito a Jeremias para que ficasse às portas de Jerusalém—por onde os reis e os governantes deviam entrar—e os avisar. Eles estavam transgredindo o dia de Sábado de Deus.

Deus sempre envia um mensageiro para avisar o Seu povo pecador e Israel. A mensagem deve ser proclamada aonde o povo a possa escutar. “Dize-lhes: Ouvi a palavra do Senhor, vós, reis de Judá e todo o Judá e todos os moradores de Jerusalém, que entrais por estas portas; assim diz o Senhor: Guardai-vos a vós mesmos e não tragais cargas no dia de Sábado, nem as introduzais pelas portas de Jerusalém; nem tireis cargas de vossas casas no dia de Sábado, nem façais trabalho algum; antes santificai o dia de Sábado, como eu ordenei a vossos pais. Mas eles não escutaram, nem inclinaram os seus ouvidos; antes endureceram a sua cerviz, para não ouvirem e para não receberem instrução.” (vers. 20-23). Eles tinham ordem de santificar o Sábado de Deus—de o santificar. Se nós guardarmos o Sábado santo, Ele nos prepara para uma semana santa e uma comunhão próxima de Deus. Israel foi punido repetidamente, por ter violado este mandamento e de se ter desviado de Deus.

Jerusalém foi destruída por causa da violação do Sábado. Ela tem sido pisada desde então—por mais de 2000 anos! Existe uma causa para cada efeito. Hoje, Jerusalém é uma cidade com problemas profundos. Por quê? Por causa do pecado!

Nabucodonosor fez Jerusalém parecida com um monte de lixo. “Portanto, por causa de vós, Sião será lavrada como um campo e Jerusalém se converterá em montões de pedras e o monte desta casa em lugares altos dum bosque.” (Miq. 3:12). Após a sua destruição em 585 A.C., ela parecia um monte de lixo.

Sião é um tipo da Igreja atual. Jerusalém é um tipo de todo o Israel. Isto é história e profecia. Neste tempo do fim, a morna Igreja Laodiceiana de Deus, será “lavrada como um campo”! (Leiam a descrição dos Laodiceianos em Apocalipse 3:14-21; escreva-nos pedindo o nosso livro A Mensagem de Malaquias para uma explicação mais profunda daquilo que aconteceu à Igreja de Deus neste tempo do fim). O próprio povo de Deus será quebrado em pedaços por causa do seu pecado. Qual é a sua culpa? “Edificando a Sião com sangue e a Jerusalém com iniqüidade. Os seus chefes dão as sentenças por peitas e os seus sacerdotes ensinam por interesse e os seus profetas adivinham por dinheiro; e ainda se encostam ao Senhor, dizendo: Não está o Senhor no meio de nós? Nenhum mal nos sobrevirá.” (Miq. 3:10-11). Antigamente os pastores e profetas ensinavam por um salário. Porém esta é principalmente uma profecia para hoje. A Jerusalém espiritual ou a Igreja Laodiceiana de Deus, tem pastores e profetas que ensinam por um salário. Eles confiam no homem para a sua subsistência, não em Deus.

Con tudo, nem todos os ministros de Deus confiam no homem. “Quanto a mim, estou cheio do poder do Espírito do Senhor, assim como de justiça e de coragem, para declarar a Jacó a sua transgressão e a Israel o seu pecado.” (vers.8). Nós somos comissionados a proclamar os seus pecados. É o que o povo leal a Deus está fazendo. Deus profetizou tal obra.

Nabucodonosor deixou Jerusalém como um campo lavrado e um amontoado de lixo. Josephus foi uma das testemunhas oculares quando os Romanos destruíram esta cidade no ano 70 D.C. Ele disse que se uma pessoa viesse a este lugar, ela jamais poderia imaginar que uma cidade poderia alguma vez ter existido ali!

Jerusalém foi reconstruída e depois os Judeus se rebelaram outra vez em 132-135 D.C. Roma ficou tão irritada que os Romanos destruíram cada construção edificada desde o ano 70 D.C. O relatório menciona que uma vez mais, Jerusalém virou um campo lavrado! Nenhum Judeu foi autorizado a aproximar-se a menos de 32 km de Jerusalém.

Durante as cruzadas religiosas, a “cidade de paz” ainda viu correr rios de sangue. Cristo disse que Jerusalém será deixada desolada. Ele disse ai, ai, ai e ai sobre Jerusalém! Tem estado Jerusalém desolada e repleta de maldições? Sim. E de longe o pior dos ais, ainda está por vir!

“Eis que eu farei de Jerusalém um copo de atordoamento para todos os povos em redor e também para Judá, durante o cerco contra Jerusalém.” (Zac. 12:2). Todas as nações que reinaram sobre Jerusalém experimentaram sérios problemas. Isso também sucede nos dias atuais.

“Naquele dia farei de Jerusalém uma pedra pesada para todos os povos; todos os que a erguerem, serão gravemente feridos. E ajuntar-se-ão contra ela todas as nações da terra.” (vers. 3). Deus disse que o problema de Jerusalém seria um pesadelo para os pacificadores e os diplomatas que se envolvem com ela, para não mencionar as pessoas que fazem dela sua morada. Mesmo assim, parece que todas as nações querem Jerusalém

Nenhuma cidade tem sofrido como Jerusalém. Como veremos no próximo capítulo, ela está presentemente esmagada por problemas insolúveis. No entanto, finalmente, haverá notícias muito boas. Deus estabeleceu Jerusalém para ser uma cidade de paz—e um dia Ele se certificará que por fim o será! Ela verdadeiramente será a cidade desde a qual a família de Deus governará o universo inteiro!

Continua em  “A ‘Ferida’ mortal de Israel

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