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Ao observar Gaza, observe a Alemanha

EMMA MOORE/A Trombeta

Ao observar Gaza, observe a Alemanha

O efeito ignorado da guerra Hamas-Israel que ocultará todos os outros em importância

O ataque bárbaro do Hamas ao Estado judaico em outubro passado foi chocante. A forma na qual tantas pessoas se voltaram contra Israel em apoio ao Hamas desde então foi chocante. Mas, de todos os acontecimentos desde aquele horrível ataque terrorista, o mais importante está sendo completamente ignorado pela maioria das pessoas.

O problema mais chocante no Oriente Médio não é o que está acontecendo em Gaza, mas o que está acontecendo com a Alemanha.

Quando os judeus sofreram um ataque não provocado, por homens loucos e demoníacos que brutalizaram, violaram, assassinaram e decapitaram mulheres, idosas, crianças e bebês, as pessoas reagiram criticando a Israel. Até mesmo os Estados Unidos repreenderam e restringiram os israelenses.

A Alemanha, pelo contrário, fez fortes declarações de apoio. Posicionando-se para fornecer uma considerável ajuda material que outras nações não ofereceram. Poucos se dão conta disso, mas a Alemanha tem crescido poderosamente nesta região. Este desenvolvimento está acelerando o cumprimento de algumas importantes profecias bíblicas!

Quase ninguém notou que a Alemanha enviou forças para a importantíssima ilha de Chipre e inclusive praticou o uso de armas nucleares nesta importante área estratégica.

Na verdade, a Alemanha está desenvolvendo a sua diplomacia e as suas forças armadas em preparação para intervir no Oriente Médio de uma forma que chocará o mundo.

Apoio retórico

Em 11 de outubro de 2023, o parlamento da Alemanha aprovou uma resolução afirmando que “o direito de Israel à existência e sua segurança não são negociáveis para os membros do Bundestag alemão. ... Com base no direito internacional, a Alemanha deve fornecer a Israel tudo o que for necessário e desejável para sua defesa”. Estas são palavras fortes! A Alemanha prometeu não apenas fornecer tudo o que é necessário, mas também o que é desejável para a defesa de Israel.

“O Hezbollah não deve intervir no conflito”, disse o chanceler alemão Olaf Scholz em 12 de outubro. Cinco dias depois, ele disse: “Advirto expressamente o Hezbollah e o Irã para que não intervenham no conflito”. Pouco depois, de 7 de outubro, ele declarou: “Sem o apoio iraniano nos últimos anos, o Hamas não poderia ter realizado esses ataques sem precedentes em território israelense”. Isso é absolutamente verdadeiro, mas foi ousado da parte do chanceler alemão dizer isso. Por outro lado, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, recusou-se a apontar o dedo ao Irã.

O Irã fez suas próprias declarações ousadas, e o Ministério de Relações Exteriores da Alemanha respondeu em 16 de outubro: “Qualquer um que brinque com fogo nesta situação, derramando óleo sobre o fogo e, de outra forma, incendiando-o, deve pensar duas vezes”. O especialista em segurança alemão Roderich Kiesewetter chegou a declarar que as intenções da Alemanha incluem “enviar nossos próprios soldados, se for necessário". “Pedi ao primeiro-ministro Benjamin Netanyahu que permaneça em contato próximo”, disse Scholz, “e nos informasse sobre qualquer necessidade”.

Isso é conversa de guerra! Isto mostra uma verdadeira vontade militar!

Em 17 de outubro, Scholz visitou Israel para demonstrar o apoio de sua nação. O primeiro-ministro Netanyahu disse-lhe: “Agradecemos o fato de o senhor estar aqui conosco, de estar ao nosso lado”.

As palavras e ações da Alemanha repercutiram no Hezbollah e em outros terroristas islâmicos. Tal como o Hamas, o Hezbollah existe para destruir Israel, mas é muito mais poderoso. Muitas pessoas, talvez até mesmo muitos membros do Hamas, esperavam que este atacasse Israel depois de 7 de outubro, mas não o fizeram. O terrorista chefe do Hezbollah, Hassan Nasrallah, marcou um discurso para 3 de novembro e o mundo se preparou para que ele declarasse guerra a Israel, como ele havia indicado que faria, especialmente se Israel invadisse Gaza. Mas ele não o fez. O Hezbollah pouco fez além de algumas escaramuças dispersas. Isso deixou as pessoas intrigadas. Por que razão os líderes do Hezbollah recuaram tão publicamente quando tinham tantos motivos para declarar guerra?

Será possível que eles tenham medo da Alemanha?

A Alemanha, a principal nação da Europa, está aumentando a sua influência diplomática no Oriente Médio.

“A Alemanha é tida em alta estima em Israel”, disse o chanceler Scholz. “Nós nos vemos como um país que se sente muito responsável por garantir que a segurança de Israel permaneça garantida.”

Como veremos, há um forte motivo pelo qual a Alemanha deve sentir-se muito responsável por garantir a segurança de Israel e o motivo mais forte possível pelo qual Israel não deveria depositar sua confiança nessa promessa!

Seguindo o que falam

Os discursos públicos e as viagens a Israel são importantes, mas a Alemanha está fazendo muito mais. O jornal Bild informou que a Alemanha “é um dos negociadores mais importantes nos bastidores” (20 de outubro de 2023).

O chanceler Scholz reforçou sua afirmação de que “o Hezbollah não deve intervir no conflito”. Para evitar que o grupo terrorista se junte à guerra, ele se comunicou com os líderes de Israel, Egito, Jordânia, Catar e Turquia. O Ministro da Defesa e o Ministro dos Negócios Estrangeiros da Alemanha viajaram a Israel, bem como ao Egito, Jordânia e Líbano.

“Toda a região está à beira de cair no abismo para o qual este novo ciclo de morte e destruição nos está empurrando”, disse o Rei Abdullah II da Jordânia, após uma reunião de 17 de outubro com Scholz em Berlim. “A ameaça da expansão desta guerra é real.” A Jordânia costumava ser aliada dos Estados Unidos, mas agora confia na Alemanha e parece que os jordanianos trabalharam com os alemães para manter o Hezbollah e outros islâmicos afastados.

Scholz visitou Israel antes do presidente dos Estados Unidos e teve mais sucesso com as nações árabes. As reuniões de Joe Biden com os líderes jordanianos, egípcios e palestinos foram canceladas. Mas Scholz, ao retornar do Oriente Médio em 19 de outubro, pôde dizer: “Também aproveitei a viagem e as minhas conversações com o rei da Jordânia, os presidentes egípcio, turco e o emir do Catar, entre outros, para defender que este conflito não deveria agravar-se ainda mais a nível regional. Todos concordamos que tal conflagração seria devastadora para toda a região.”

Depois de se reunir com líderes árabes no Egito em 21 de outubro, a Ministra dos Negócios Estrangeiros da Alemanha, Annalena Baerbock, disse: “Todos nós sabemos que nossas opiniões sobre o conflito são diferentes. No entanto, estamos todos unidos pelo fato de que uma conflagração deve ser evitada”.

Scholz disse que a palavra da Alemanha no Oriente Médio é importante “porque Israel sabe que a Alemanha está do seu lado, mas nosso país também tem boas conexões com os países árabes vizinhos”. Esta é uma declaração fundamental! A profecia bíblica nos diz que devemos observar atentamente essas conexões entre a Alemanha e os árabes. Recentemente, durante a 2ª Guerra Mundial, o regime nazista tinha vários graus de relações com o Iêmen, a Síria, o Iraque, o Líbano, a Arábia Saudita e o Afeganistão, além da Turquia. E mediante conquistas militares, as potências do Eixo fizeram incursões na Líbia, no Egito, em Marrocos, na Argélia e na Tunísia.

A Turquia não é árabe, mas é islâmica. Pouco antes de visitar a Alemanha em novembro, seu presidente, Recep Tayyip Erdoğan, chamou Israel de “Estado terrorista” e os terroristas do Hamas de “combatentes da resistência”. E apesar da posição da Turquia como aliada da OTAN e guardião nacional da imigração do Oriente Médio para a Europa, os líderes alemães se opuseram direta e abertamente às opiniões de Erdoğan sobre Israel.

Naquela visita, Erdoğan disse: “Se pudermos estabelecer um cessar-fogo humanitário junto com a Alemanha, teremos a oportunidade de salvar a região desse círculo de fogo”. Foi em grande parte graças à diplomacia alemã com Israel e as nações árabes que o conflito não se estendeu para incluir o Hezbollah e as nações vizinhas.

Poucos veem isso, mas a Alemanha está construindo sua própria aliança no Oriente Médio!

Olhe atentamente e você verá que a Alemanha está desenvolvendo fortes laços com o Bahrein, Kuwait, Catar, Turquia, Emirados Árabes Unidos e outros países. Notavelmente, tudo isto acontece ao mesmo tempo em que a Alemanha fortalece o seu apoio a Israel.

As potências estrangeiras que antes dominavam o Oriente Médio eram Londres e Washington. Agora, mais do que a maioria das pessoas imaginam, são Berlim e Roma. Elas têm um controle sobre esta região que poucos entendem.

Exportação de armas

O forte discurso de guerra da Alemanha, por si só, já é significativo. Mas as intervenções da nação vão muito além de declarações ousadas.

A Alemanha é a potência econômica da Europa e uma das cinco maiores economias do mundo. Aprendeu a usar o seu poder econômico e tecnológico para promover discretamente sua política externa. Isto é particularmente verdadeiro no Oriente Médio, de onde importa grande parte da sua energia, especialmente depois da invasão na Ucrânia pela Rússia, ter ameaçado o seu fornecimento de energia russa.

A Alemanha tem fornecido armas a países de todo o mundo. A Turquia tem sido o maior destinatário dos sistemas de armas alemãs, incluindo tanques, artilharia, navios de guerra e aviões de guerra. Há mais de uma década, a Argélia, o Egito, o Catar e a Arábia Saudita estão entre os 10 principais importadores de centenas de milhões de dólares em armas, juntamente com Israel. A Arábia Saudita recebe grandes quantidades de armamentos e treinamento alemães, e um alemão dirige a empresa estatal saudita de defesa, nomeada, Indústrias Militares da Arábia Saudita.

Todos os anos, a Alemanha vende bilhões de dólares em armamentos, especificamente “armas de guerra”. Fornecer e ajudar a operar e manter plataformas de armas e armamentos menores desenvolve relacionamentos. Isso reflete a confiança dessas nações na Alemanha e até mesmo as torna dependentes dela. Um número suficiente de compradores de armas confia na Alemanha, a ponto de o país ser hoje um dos cinco maiores exportadores de armas do mundo.

As pessoas notaram o que o governo alemão está fazendo e muitos cidadãos alemães se opõem, dizendo que isso viola o artigo 26.º da Constituição Alemã e do Direito Internacional. As mesmas protestaram quando a Turquia utilizou tanques alemães para invadir a Síria, e tal como quando fragatas e sistemas antiaéreos foram vendidos ao Egito, enquanto o país era acusado de violar os direitos humanos e de ser cúmplice do derramamento de sangue no Iêmen e na Líbia.

Mas os líderes alemães têm consistentemente levado a cabo esses acordos. Estão utilizando as exportações de armas para fortalecer sua política externa! No entanto não é apenas isso que eles estão fazendo. A Alemanha também está reforçando as suas próprias forças armadas.

Fortalecimento militar

Logo após de a Rússia ter expandido a sua invasão à Ucrânia no início de 2022, o chanceler Scholz anunciou que a Alemanha estava criando um fundo especial de 100 bilhões de euros (109,7 bilhões de dólares) para gastar com suas forças armadas e que aumentaria seus gastos militares anuais para 2% do produto interno bruto (pela primeira vez desde 1990) começando em 2024. O governo alemão inclusive alterou sua constituição para poder assumir esta dívida. A Força Aérea Alemã (Luftwaffe) anunciou que gastaria cerca de 10 bilhões de dólares para comprar 35 caças norte-americanos avançados F-35.

Desde a 2ª Guerra Mundial, a Alemanha construiu lentamente suas forças armadas e começou a utilizá-las. A partir de 1991, seus pilotos voaram ao lado de pilotos dos Estados Unidos e de outros países da OTAN para destruir a Iugoslávia e recuperar o controle daquela região da Rússia para a Europa. Cerca de 5.000 de seus soldados lutaram no Afeganistão. Nos últimos anos, o país enviou seus militares para a República Democrática do Congo, Iraque, Níger, Mali, Sudão, Sudão do Sul, Uganda e Uzbequistão. No auge da guerra no Afeganistão, a Alemanha tinha mais de 5.000 soldados estacionados no vizinho oriental do Irã. De forma mais ampla, a União Europeia tem muitos outros destacamentos na região.

Entretanto essas atividades apenas sugerem o que a Alemanha é realmente capaz de fazer.

Considere o fato de que a Alemanha faz parte do programa de compartilhamento nuclear dos Estados Unidos, o que significa o compartilhamento de bombas nucleares. Ao mesmo tempo em que o chanceler alemão advertia o Hezbollah e o Irã, os pilotos alemães participavam dos exercícios militares “Steadfast Noon” (Meio-dia Constante) da OTAN a fim de se prepararem para realizar ataques nucleares. A Alemanha tem tecnologia própria altamente avançada, vários aliados, compartilhamento nuclear e muito mais do que pode usar para devastar o Irã ou qualquer outra organização que decida atacar!

Por vários motivos, esta é uma situação 10.000 vezes mais perigosa do que a Guerra Fria. E, embora isso nos afete a todos, as pessoas estão quase completamente cegas para isso.

Chipre

Pouco depois do ataque do Hamas, a Alemanha e os Países Baixos enviaram suas tropas para a ilha de Chipre, no Mediterrâneo Oriental, para se prepararem para missões de evacuação civil no Oriente Médio. A Alemanha estacionou aviões e soldados de transporte militar, comando de forças especiais, forças especiais navais e Polícia Federal Alemã em Chipre e arredores.

Esta é uma ilha fundamentalmente estratégica. Qualquer país que queira transportar veículos militares, aviões e tropas para o Oriente Médio deve negociar ou conquistar uma série de nações, a fim de viajar por terra e ar, ou ir por mar e lidar com apenas uma pequena nação, Chipre.

Em 13 de novembro de 2023, mais de 16.000 israelenses fugiram para o Chipre. O jornal The Guardian informou que o Chipre fica “apenas a 40 minutos de voo e parece que vai desempenhar um papel geopolítico fundamental em meio à agitação do Oriente Médio”. O jornal citou Ian Lesser, vice-presidente do Fundo Marshall Alemão dos Estados Unidos, dizendo: “Chipre, em virtude da sua geografia, tem um papel crítico a desempenhar. Se a União Europeia pretende realmente tornar-se um ator geopolítico mais significativo, o principal teste estará aqui…”.

O Chipre tem sido uma ilha crucial para a Europa, a Turquia e outras potências há anos, na verdade, há séculos! Além da localização estratégica, possui diversos campos de petróleo e gás recentemente descobertos.

Atualmente, um governo autodeclarado aliado com a Turquia controla a parte nordeste da ilha: o restante é controlado pelo Chipre, que é membro da UE há quase 20 anos. A Grã-Bretanha tem na ilha duas importantes bases militares há décadas. A França também está tentando estabelecer a sua própria presença militar na ilha, talvez por meio de um exército europeu unificado.

Mas a potência que fato governa o Chipre é a Alemanha! A Alemanha governa a UE e certificou-se de que dominaria o Chipre. Esta pequena nação insular, depois de entrar na UE e adotar o euro, tornou-se dependente da economia alemã. A situação praticamente garantiu que a economia do Chipre enfrentaria dificuldades e, quando entrou em crise em 2012 à 2013, a Alemanha aprovou um resgate, aumentando seu controle econômico e político naquele país. Esta medida reduziu a influência da Rússia, que considera o Chipre um ativo útil devido ao seu grande interesse na Síria.

Estas duas bases militares britânicas provaram ser valiosas para os Estados Unidos e aos seus parceiros de coalizão que travam guerras no Oriente Médio. Mensagens diplomáticas secretas da Embaixada dos Estados Unidos em Chipre, mostram que seus diplomatas estão preocupados com a perda de acesso às bases britânicas, especialmente aos radares cruciais e aos sinais de inteligência. Eles acreditam que isso “representará uma ameaça aos nossos interesses de segurança nacional no Mediterrâneo Oriental”.

Em maio de 2022, o Chipre e a Alemanha assinaram seu primeiro Programa Bilateral de Cooperação em Defesa, que inclui exercícios militares em conjuntos. Em novembro de 2023, seus ministros da defesa assinaram um acordo de defesa adicional em uma reunião de ministros da defesa da UE.

Em setembro de 2023, o Chipre foi palco de um exercício de cinco dias que envolveu forças navais e aéreas, incluindo caças franceses e aeronaves de transporte Airbus A400M Atlas. O presidente Nikos Christodoulides disse que o Chipre tem uma “importância geoestratégica especial” para a UE.

As tropas alemãs estão estacionadas no Chipre há anos como parte da Força Interina das Nações Unidas no Líbano (unifil). O ministro da Defesa cipriota, Charalambos Petrides, disse em 2022: “Embora não seja tão amplamente conhecido, nossos países têm uma cooperação de defesa de longa data por meio das instalações oferecidas pela República do Chipre ao contingente alemão da Força-Tarefa Marítima da Unifil, que está alicerçada no Chipre, desde 2006. Continuaremos apoiando-os neste importante destacamento para o cumprimento do mandato da missão de garantir a segurança marítima desta área.”

Liderado pela Alemanha, o Chipre está se convertendo em uma base militar para a União Europeia!

A nossa reportagem de capa de novembro à dezembro de 2019 proclamou a importância das ações do Chipre e da Alemanha naquele país. Como escrevi nessa altura, basta olhar em um mapa para ver que este é um trampolim entre Berlim e Roma, na Europa, Jerusalém e outras cidades do Oriente Médio.

Roma

Outra potência intensamente interessada no Chipre como um trampolim para certas partes do Oriente Médio é o Vaticano. Em novembro, o presidente Christodoulides foi ao Vaticano para uma conversa particular com o Papa Francisco sobre a escalada de tensão na região, a migração e a religião no Chipre.

A tensão surgiu porque o Hamas, apoiado pelo Irã, massacrou brutalmente famílias israelenses. Quando Israel tentou defender-se, as pessoas alertaram que “as tensões estão aumentando”.

É importante observar como o Vaticano reagiu.

No dia seguinte aos massacres, o Papa Francisco expressou pesar pelo que está “acontecendo em Israel” e disse: “Toda guerra é uma derrota”. Ele não condenou o Hamas. Três dias depois, após reconhecer brevemente “o direito daqueles que foram atacados a defender-se”, dirigiu a sua atenção para o “cerco total que os palestinos enfrentam em Gaza, onde também houve muitas vítimas inocentes”. O Vatican News disse que ele “convidou ambas partes à moderação”. Algumas semanas depois, o papa conversou com Joe Biden por telefone, e ambos se comprometeram a fornecer ajuda aos palestinos em Gaza e a perseguir o objetivo de conceder aos palestinos o seu próprio Estado. Francisco também telefonou para o presidente do Irã, que disse ter pedido ao papa que ajudasse a impedir Israel de atacar o Hamas em Gaza.

É necessário reconhecer o que o papa e o Vaticano estão fazendo em Chipre, na Terra Santa e em Jerusalém. Essa é a chave para entender o que a Europa está fazendo, o que a Alemanha está fazendo, e porque razão o Chipre é tão importante e porquê é que os israelenses têm uma ameaça oculta muito maior do que o Hamas, o Hezbollah ou mesmo o Irã!

Há algo profundamente errado na forma como o papa respondeu a esses assassinatos! O Vaticano respondeu “ao que está acontecendo em Israel” (assassinatos em massa, violação em massa de mulheres, execução de pais e filhos diante uns dos outros, decapitação de civis e decapitação de bebês) com pouca simpatia. O papa fez mais do que tentar fazer com que os terroristas encharcados de sangue e o povo israelense fossem igualmente culpados: Ele fez com que os israelenses parecessem muito mais culpados!

Algumas pessoas notaram. A embaixada israelense no Vaticano reclamou, e com razão, contra as “ambiguidades linguísticas” e os falsos “paralelismos” do papa.

Por que motivo o Papa Francisco falaria de maneira tão astuta e diabólica?

Uma das pistas mais recentes surgiu no mês anterior aos massacres. Em setembro, o Ministro dos Negócios Estrangeiros do Vaticano fez uma declaração de que Jerusalém, que é controlada pelos israelitas, deveria ser sujeita a um estatuto garantido internacionalmente para garantir “a igualdade de direitos e deveres dos fiéis das três religiões monoteístas”. Israel já concede direitos iguais aos cristãos, judeus e muçulmanos, permitindo até mesmo aos muçulmanos controlar o Monte do Templo e negar aos judeus o acesso à maior parte dele. Não se trata de garantir direitos religiosos a várias religiões: trata-se de obter mais controle para a Igreja Católica sobre Jerusalém!

Esta é apenas uma das mais recentes indicações de um plano que o Vaticano e a Europa implementarão para a projeção de poder a partir do Chipre para a Terra Santa e diretamente sobre Jerusalém!

O Sacro Império Romano

Veja a história. A Igreja Católica uniu e guiou impérios europeus repetidas vezes nos últimos 1.700 anos. Essas combinações de poder religioso e militar chegaram a ser chamadas de “Sacro” Império Romano. Quando militarmente forte, essa religião lançou repetidamente cruzadas para tomar o controle da Terra Santa! (barra lateral, “O Reino das Cruzadas de Chipre”, página 3).

Ao longo de nossa vida, o Vaticano e a Europa têm estado débeis em comparação com os Sacro Impérios Romanos do passado e em comparação com a Grã-Bretanha e os Estados Unidos. Mas este império está ressurgindo mais uma vez e não se esqueceu de Jerusalém!

Uma profecia intrigante em Daniel 11:45 descreve um líder poderoso que “armará as tendas do seu palácio entre o mar grande e o monte santo e glorioso; mas virá ao seu fim e não haverá quem o socorra”. O que significa isto?

O fundador da revista Plain Truth (Pura Verdade), Herbert W. Armstrong, escreveu na edição de outubro de 1951: “A capital desse Império Romano revivido, juntamente com o Vaticano, fará uma mudança relâmpago para a Palestina, provavelmente para Jerusalém! Essa será a última abominação a ser estabelecida lá! Note que, em Daniel 11:45, ‘tenda’ é um lugar de adoração e ‘palácio’ é a residência de um rei” (“The Pope Plans to Move Vatican!” [O Papa planeja mudar o Vaticano!]).

Daniel 8:25 tem uma profecia relacionada: “E pela sua política fará prosperar a astúcia na sua mão; e se engrandecerá no seu coração, e pela paz destruirá a muitos...” (Veja: “The Dark Side of the Pope's Visit to Jerusalem” [O lado obscuro da visita do Papa a Jerusalém] em theTrumpet.com/11869).

Estas são profecias dramáticas e estão cumprindo-se neste momento!

Por que a Alemanha está preocupada com o Chipre? Por que razão o Vaticano está preocupado? Por que ambos fizeram declarações em apoio aos judeus, mas tomaram medidas que obviamente debilitam os judeus e fortalecem os muçulmanos?

O Vaticano e a Alemanha estão no processo de ressuscitar o poder do Sacro Império Romano e querem governar Jerusalém! Este tem sido um poderoso desejo religioso dessa instituição há cerca de 1.500 anos. Eles querem outra cruzada para conquistar Jerusalém.

Daniel 11:40-45 descreve algo que ainda não ocorreu na história: uma vasta operação militar no Oriente Médio liderada pelo “rei do norte” que conduzirá a uma guerra mundial. Esse rei, conforme o Sr. Armstrong mostrou na Bíblia, é a Europa católica liderada pela Alemanha.

O Sacro Império Romano revivido encontrará uma maneira de obter cada vez mais controle sobre Chipre, a Terra Santa e Jerusalém. Eles têm um plano enorme para o Oriente Médio! Daniel 11 está descrevendo uma operação militar muito maior do que jamais se viu antes e trará resultados horríveis, muito piores do que as cruzadas mais sangrentas do passado!

Christodoulides disse que o Chipre tem uma “importância geoestratégica especial” para a UE. Isso é mais verdadeiro do que ele pode imaginar!

O verdadeiro objetivo da Alemanha

Alguns israelenses podem estar preocupados com as declarações do papa, mas não conseguem ver do que realmente se trata porque não entendem a profecia bíblica e não se lembram da história das Cruzadas e de outras perseguições católicas aos judeus. Muitos israelenses não conseguem entender a Alemanha.

Conforme o chanceler alemão reconheceu, seu país está expressando apoio a Israel por causa da culpa da Alemanha pela sua perseguição aos judeus durante a 2ª Guerra Mundial, não há muito tempo. Essa foi uma tentativa de desumanizar e exterminar os judeus!

Os pilotos alemães reforçaram a retórica do chanceler praticando o despejo de bombas nucleares. A Alemanha costumava ter um exército menor e foi proibida de desenvolver suas próprias bombas nucleares devido ao que fizeram na 2ª Guerra Mundial contra os judeus e contra a Grã-Bretanha, os Estados Unidos e aos Aliados. Naquela época, a Alemanha também era uma nação líder, respeitada e de alta tecnologia, e deu início à 2ª Guerra Mundial, levando ao assassinato em massa de 6 milhões de judeus e à morte de 54 milhões de outras pessoas!

Você não acha que a Alemanha quer tirar a Grã-Bretanha e os Estados Unidos do Chipre, o qual eles usaram de maneira tão poderosa na última guerra mundial? Você não acha que esse império em ascensão e suas forças armadas podem usar essas bombas contra os Estados Unidos, a Grã-Bretanha e a nação judaica? Esse será o seu objetivo. Não sabemos até que ponto eles estão pensando dessa forma neste momento, mas a motivação deles não é tão pura quanto a maioria das pessoas acreditam. Você acha que eles realmente amam Israel? Será que eles estão ajudando os judeus simplesmente para expiar a culpa pelo seu passado? Esse não é o verdadeiro objetivo deles! Esse é apenas o disfarce que eles estão usando para alcançar agressivamente o seu objetivo!

A Bíblia revela que a Alemanha quer afrouxar o controle dos judeus sobre Jerusalém, mas não para que o Irã e o islamismo radical possam apoderar-se dela. Haverá um grande confronto entre o rei do norte europeu e o radical rei do sul islâmico. A Alemanha já está planejando sua política externa e suas mobilizações para cercar o Irã e, por fim, destruí-lo em um ataque fulminante antes que ele possa tomar Jerusalém. E o rei do sul islâmico pode ver que a Europa está ficando mais forte no Oriente Médio. (Leia mais sobre “The Whirlwind Prophecy” [A profecia do furacão] em theTrumpet.com/10678).

Daniel 11:40 na Versão King James em português afirma: “E no tempo do fim, o rei do sul o desafiará, e o rei do norte virá contra ele como um furação, com carruagens, e com cavaleiros, e com muitos navios; e ele adentrará as nações, e os inundará e atravessará.” O islamismo radical e o Irã estão muito próximos de levar a Europa a esse ataque em forma de furacão. Daniel 12:4 e 9 nos diz que essa profecia é apenas para este tempo do fim e nenhum outro!

Estamos testemunhando eventos proféticos importantes desenrolando-se diante de nossos olhos. Estude estas profecias e você verá que esses eventos fazem parte dos eventos finais que ocorrerão nesta era do homem, antes que Deus intervenha para estabelecer Seu Reino na Terra! Um sofrimento terrível está prestes a envolver o Oriente Médio e o mundo! Como uma advertência para todos nós, Deus predisse que é isso que os homens iníquos estarão fazendo. Mas Ele também promete interrompê-los à força após um período muito curto e garantir que isso nunca mais aconteça.

Quando observamos estes eventos com entendimento, não apenas podemos ver a mão de Deus em ação, mas também podemos reconhecer a tremenda esperança que está surgindo no horizonte!


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